“O rock’n'roll é a minha religião”, diz baterista do Green Day

 
Do Aeroporto Internacional El Dorado, em Bogotá, o baterista do Green Day Tre Cool conversou rapidamente ontem (11) com a reportagem do Segundo Caderno. Estava ao celular, de ouvidos no chamado para embarcar rumo ao Brasil, onde tem quatro shows agendados para esta semana _ o debut será aqui em Porto Alegre, quarta-feira (13). Pousaria em São Paulo na mesma noite e, de lá, voaria para a capital gaúcha no dia seguinte.
É a segunda vez que ele, Billie Joe (guitarra e vocal) e Mike Dirnt (baixo) vem ao país e a primeira em Porto Alegre, onde fãs já estão acampados em frente ao Ginásio Gigantinho, esperando pela abertura dos portões. Alguns nutrem a esperança de serem puxados para o palco e cantar junto dos ídolos, o que, Tré garante, é bem provável que aconteça.
- Às vezes puxamos os fãs para dançarem ou cantarem com a gente. Na noite passada (dia 10) o Mike pulou na multidão, quer dizer, nunca dá pra saber. Foi muito louco.
A seguir, confira trechos da entrevista-relâmpago com o baterista:
Zero Hora - Fale um pouco sobre como será o show aqui em Porto Alegre
Tre Cool - Temos muitas músicas e de períodos diferentes. Mas não fazemos um set list engessado, preferimos pensar no que nossos fãs querem ouvir e aí improvisamos na hora. Existe algumas que não podemos deixar de fora, como Basket Case e She, mas são músicas que ainda gostamos bastante de tocar ao vivo. Claro que algo vai sempre ficar de fora e alguém vai ficar esperando que toquemos, mas infelizmente não dá. Nosso show já é longo demais, não temos mais idade pra isso (risos).
Zero Hora - Pois é, embora a base de fãs tenha se renovado nos últimos anos, quem acompanham a banda desde o seu surgimento, no começo dos anos 1980, tem hoje por volta de 30 anos. Como vocês, não são mais garotinhos. A idade começa a pesar de alguma forma?
Tre Cool - Bom, obviamente que o passar do tempo te deixa mais experiente e melhor em algumas coisas. O Green Day hoje está no seu auge, estamos tocando muito melhor do que antes. E fazemos o melhor show de rock que existe, pode colocar aí.
Zero Hora - Tem um momento do show em que vocês fazem  um pout-pourri de canções covers. Elas são ensaiadas antes ou decididas na hora?
Tre Cool - É meio por acaso. Às vezes são canções mais heavy metal, às vezes são canções do Elvis Costello, Beatles ou Ramones. Só é fato que não tocaremos as mesmas músicas que já tocamos. Aliás, há 22 anos que não repetimos um set list toda noite justamente para manter o interesse dos fãs. Especialmente no Brasil, onde sei que somos muito aguardados e as pessoas querem ouvir suas músicas prediletas.
Zero Hora - O Green Day ainda é uma banda de punk rock? Você seria capaz de definir a sua banda hoje?
Tre Cool - 
Hoje existem muitos Green Days. Tem o Green Day da Broadway (o musical inspirado no disco American Idiot), o Green Day ao vivo, os discos do Green Day, o pessoal que de alguma forma está ligado ao Green Day, então é difícil descrever que tipo de banda nós somos. Quando nos perguntam o que tocamos, dizemos “rock’n'roll”. É minha religião.
Zero Hora - Falando em religião, já existem fãs acampados em frente ao local do show, esperando por vocês.
Tre Cool -
 Uau, que loucura! Bom, pode dizer para eles que eles não vão se arrepender. Será o melhor show da vida deles. E o da sua também, apareça lá, vai ser louco.

Texto Original/Fonte: Clicrbs

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